a pomba pagou ao Estado para dormir no parapeito da janela,
a janela pagou ao arquitecto para ficar no terceiro andar,
o telhado, que anda de mal com o Estado, pagou ao céu para ficar no quinto,
as escadas, fartas do vazio sem passos, pagaram ao senhorio para não haver elevador.
a vertigem pagou ao alcatrão para se atirar pela janela abaixo,
o jornal pagou ao pedinte para tirar a fotografia,
a pomba urinou no jornal
mas a Economia não tinha troco.
Olá Silvio:
ResponderEliminarObrigado por teres passado pelo Blog do Círculo de Poesia, E Obrigado pelas tuas palavras. Também vim espreitar por estas bandas e olhei.
Ainda tenho os neurónios aos saltos, de cabeça para baixo, a recomporem-se de tantas questões, para cima e para baixo.
Parabéns pelo teu humor e pelas tuas observações. Espero que consigas apurar cada vez mais esta forma tão própria de ver e de escrever.
Um abraço,
João
Saber-poder-fingir que consigo-posso-sei comentar-te o texto com letras... Gostava.
ResponderEliminarMas escorrego-resvalo-deslizo mais nas tintas, desta vez.
E pode ser que caia.
Entre ficção e realidade só me ocorre uma palavra:
ResponderEliminargenial.
Que saudades de me perder nas tuas palavras, primo. Beijinhos
ResponderEliminarMas o Estado e a Economia em vôos de pomba ou de vertigem?
ResponderEliminarmuito bom :)
ResponderEliminarTantas boinas que eu vi por aqui!!!
ResponderEliminarObrigada