Casados há dezassete anos, não sabiam mais o que fazer para experimentar o amor. O filho andava na escola, os dois andavam de trombas no terraço de terra batida e o calendário, cruel e indiferente, andava para a frente sem se cansar. Ambos cansados de flores que secam em jarros, decidiram plantar uma árvore e esperar que desse frutos.
São avós muito jovens. E comem as maçãs colhidas pelos rebentos.
Casados há trinta e sete anos, sabem que o amor não se experimenta, que não precisam de fazer nada. Andam a pé.