16.1.09

Metro Amarelo Azul

Vamos de burro ou de táxi?
Vamos em frente, bicos das botas no sítio, três luzes acesas no telemóvel a carvão
e a viagem que é uma avenida loura a roer as unhas
e a avenida que é uma tira de texto arrancada ao frio.

Há quem adormeça em movimento para não ter que ver o chão que pisa,
há quem limpe o chão para aliviar o peso dos passos.

Hoje, de vassoura em punho e tinta no papel dos segundos livres,
correspondo com a tempestade
escrevo para uma estatua egípcia
lambo o selo
imploro para que venha ver-me.

Vamos de burro, com flores, enfeitar o coração da estátua.

2 comentários:

  1. Muito bom, só tu para escreves estes poemas magníficos. Gosto muito!

    Ir de burro é uma boa escolha...

    Abraço..

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  2. real e surreal de mãos dadas, a estátua.

    muito bom. :)

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