13.12.06

Breve apontamento sobre a felicidade

Casados há dezassete anos, não sabiam mais o que fazer para experimentar o amor. O filho andava na escola, os dois andavam de trombas no terraço de terra batida e o calendário, cruel e indiferente, andava para a frente sem se cansar. Ambos cansados de flores que secam em jarros, decidiram plantar uma árvore e esperar que desse frutos.

São avós muito jovens. E comem as maçãs colhidas pelos rebentos.

Casados há trinta e sete anos, sabem que o amor não se experimenta, que não precisam de fazer nada. Andam a pé.

7 comentários:

  1. "... Às vezes o amor
    No calendário, noutro mês, é dor,
    é cego e surdo e mudo

    E o dia tão diário disso tudo..."

    Sérgio Godinho

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  2. mais do que um sonho: comoção!
    sinto-me tonto, enternecido,
    quando, de noite, as minhas mãos
    são o teu único vestido.

    e recompões com essa veste,
    que eu, sem saber, tinha tecido,
    todo o pudor que desfizeste
    como uma teia sem sentido;
    todo o pudor que desfizeste
    a meu pedido.

    mas nesse manto que desfias,
    e que depois voltas a pôr,
    eu reconheço os melhores dias
    do nosso amor.


    [ Não sei falar de amor. ]

    Beijo*

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  3. Tantas e tantas vezes me pergunto qual a fórmula da felicidade...

    :) lindo como sempre.

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  4. E se eu te disser que o Amor, às vezes, também se experimenta?

    Abraço

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  5. ando para escolher as palavras que aqui escreverei. dos vales e dos astros nenhuma veio de mansinho por entre as folhas. das gélidas montanhas de vinil poucas foram as que verteram cabelos das paredes lisas. é inverno e o mar está tão longe que os ecos das ondas são apenas vírgulas. resolvi por isso nada escrever. um beijinho. alice

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  6. adorei o teu cartãozinho de natal, sílvio. foi das coisas + bonitas k recebi. fiquei muito emocionada. um grande beijinho para ti. e bom natal, lindo *

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  7. hum... a formula ara passar bem o tempo não sei qual será...

    bonito

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