à noite quatro ventos,
a janela,
a noite sem tormentos,
não é bela.
27.4.10
8.4.10
mingo.

O que trama isto tudo é que não consigo pensar,
devo muito à inteligência e sou um poço de cansaço.
Nesse capítulo, nada de novo: muita gente
a fazer barulho e um enorme declive
e todos cá em baixo sem forças para subir.
Depois é a grande espera, o silêncio dos que duvidam,
não sei se durma não sei se grite,
e uma solidão maior que a do cão estrangeiro.
Domingo: mulheres que tropeçam no asfalto
porque não souberam esperar.
Domingo: muitas casas mudas, muitas ruas mudas.
Domingo: não sei quem são os que me olham.
Domingo: amanhã será por mim, sossega.
O que dá cabo disto tudo é não saber para onde ir a seguir,
por muito que suba,
ainda que fale alemão.
Aconcheguemo-nos, conhecidos e desconhecidos, cabemos todos
e viagem não assim tão grande.
Subamos enquanto os homens que gritam
são uma ameaça com pássaros
aos homens que dormem.
Subamos o domingo: a escadaria dos que ficam lá no fundo.
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