8.3.10
A isenção do homem-livro
Nuvens pesadas suspensas sobre muitos homens não os deixam pensar.
Ainda que ergam a cabeça, estão isentos de ideias, de contrições e de amor.
É uma fórmula: um homem dedica o seu dia à escuridão do gesto, submete o corpo aos instintos mais pesados, toma banho de pijama, não olha pela janela nem atravessa pontes.
E o resultado: um dia de chumbo em excesso para o somatório de cicatrizes,
um nível abaixo do penteado.
A liberdade é, nestes casos, o maior desperdício de um homem-livro, uma tirania difícil de inalar.
Dão-lhe a poesia e ele escreve tempestades.
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- parabéns, Silvio.
ResponderEliminartens um blog muito bom.
repleto de referências.
Eu também gosto muito de ti, meu bem-aventurado Spam.
ResponderEliminarInteressante!
ResponderEliminarGostei de ler esse pequeno texto...
ResponderEliminarInfelizmente não entendi a parte do "nível abaixo do penteado"....
Mas de resto, do que entendi, gostei... grande escritor
ex patrão xD
bjito*