estrelinha azul de ramos como árvore dos reis com uma garrafa de whisky. haddock. nem sempre só os melhores. às vezes chave, fogo, flor e pão. óperas e violinos nos braços de mulheres. quero ver-te reduzido a tu. haddock. caixas de fóoutras sforos e fogo de artifício, amarradas com atacadores. quero ver-te reduzido a ti. haddock. contra ti te defendes com reacções e regressos à razão. quero reduzir-te. haddock. meter-te no bolso e levar-te. para lá. quero-te. haddock.
está demasiado escuro que fiques sozinho, haddock.
30.12.03
24.12.03
conto na tal
só os melhores
sobre o seu corpo se salvam.
esperma por cada palavra de fuga.
perdidos. uma boca com língua a deslizar sobre o pénis.
mas há outros debaixo da mesma mesa.
agarrou-os um a um. carícias até explodirem.
vários. dotados. duros. sem desconfiarem
uns dos outros enquanto as tais mãos
partem o bolo-rei com uma faca.
sobre o seu corpo se salvam.
esperma por cada palavra de fuga.
perdidos. uma boca com língua a deslizar sobre o pénis.
mas há outros debaixo da mesma mesa.
agarrou-os um a um. carícias até explodirem.
vários. dotados. duros. sem desconfiarem
uns dos outros enquanto as tais mãos
partem o bolo-rei com uma faca.
18.12.03
espelho quebrado
parte-me ao meio sua espécie de ectoplasma
sem licença para me deixar viver!
parte-me.
realça, usa lá essa máscara de noite e óculos escuros
e esquece que existo porque talvez não exista mesmo.
já não sou. nem quero. as palavras enojam-me,
confundem-te. não me alcanças através delas.
não chegas a mim através de nada.
não voltarei a falar, mesmo quando simular teclas roídas.
é o vento, não eu. mesmo que as assine, mesmo que te diga olá.
esse não voltarei a ser eu.
parte-me ao meio e mesmo assim não voltarei
a falar. um eco distante de certeza: meu:
não existo. desisto.
sem licença para me deixar viver!
parte-me.
realça, usa lá essa máscara de noite e óculos escuros
e esquece que existo porque talvez não exista mesmo.
já não sou. nem quero. as palavras enojam-me,
confundem-te. não me alcanças através delas.
não chegas a mim através de nada.
não voltarei a falar, mesmo quando simular teclas roídas.
é o vento, não eu. mesmo que as assine, mesmo que te diga olá.
esse não voltarei a ser eu.
parte-me ao meio e mesmo assim não voltarei
a falar. um eco distante de certeza: meu:
não existo. desisto.
13.12.03
A minha "sensibilidade dói, não faz rir"
uma fotografia agora seria isto,
seria a treva de uma injecção forçada.
instabilidade. sou pálido e procuro corar
onde não há cor que me assalte. Vieram todos,
vêm em grupos de movimentos sem que nada
sobre para mim. vou-me. embora tudo.
vou-me embora. das duas às outras duas, no máximo.
apaixonado por uma mulher negra que não voltarei a ver,
não sei o que faço aqui. fugir?
(depois havia um desenho, mas reduzido à insignificância)
seria a treva de uma injecção forçada.
instabilidade. sou pálido e procuro corar
onde não há cor que me assalte. Vieram todos,
vêm em grupos de movimentos sem que nada
sobre para mim. vou-me. embora tudo.
vou-me embora. das duas às outras duas, no máximo.
apaixonado por uma mulher negra que não voltarei a ver,
não sei o que faço aqui. fugir?
(depois havia um desenho, mas reduzido à insignificância)
8.12.03
madrugada
as paredes inscrevem-se, breves, nas
páginas da sobrevivência
como se os homens viessem
(e a simples suposição fosse suficiente
para as destruir.)
quando o ruído é demasiado
as cabeças ficam ocas.
inventam-se fugas e os limites
não são ultrapassados porque nunca
foram estabelecidos.
braços e pernas misturam-se,
reagem ao apelo. O corpo é
um só. O corpo é uma merda.
E a alma sem fazer nada!
páginas da sobrevivência
como se os homens viessem
(e a simples suposição fosse suficiente
para as destruir.)
quando o ruído é demasiado
as cabeças ficam ocas.
inventam-se fugas e os limites
não são ultrapassados porque nunca
foram estabelecidos.
braços e pernas misturam-se,
reagem ao apelo. O corpo é
um só. O corpo é uma merda.
E a alma sem fazer nada!
Subscrever:
Mensagens (Atom)