29.5.09
25.5.09
O projecto da minha vida
Tenho em mãos o mais bonito e ambicioso projecto da minha vida. É como um poema de Herberto, dos que buscam a ternura suprema. A particularidade - do projecto - é um Tejo que se vê quase por todo o lado e o inevitável dilúculo de já começar a ser feliz.
«Sei que os campos imaginam as suas próprias rosas.
As pessoas imaginam os seus próprios campos de rosas.
E às vezes estou na frente dos campos
como se morresse;
outras, como se agora somente eu pudesse acordar.
(...)
Minha vida extasia-se como uma câmara de tochas.
- Era uma casa – como direi? – absoluta.
Eu jogo, eu juro.
Era uma casinfância.
Sei como era uma casa louca.
Eu metia as mãos na água: adormecia,
relembrava.
Os espelhos rachavam-se contra a nossa mocidade.»
«Sei que os campos imaginam as suas próprias rosas.
As pessoas imaginam os seus próprios campos de rosas.
E às vezes estou na frente dos campos
como se morresse;
outras, como se agora somente eu pudesse acordar.
(...)
Minha vida extasia-se como uma câmara de tochas.
- Era uma casa – como direi? – absoluta.
Eu jogo, eu juro.
Era uma casinfância.
Sei como era uma casa louca.
Eu metia as mãos na água: adormecia,
relembrava.
Os espelhos rachavam-se contra a nossa mocidade.»
Herberto Helder
(o poema - não o projecto - remeto carinhosamente para aqui)
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